As células-tronco conhecidas como células estaminais, são indiferenciadas ou seja não possuem função determinada e sua caracteristica principal é a capacidade de se transformar em vários tipos de tecidos que formam o corpo humano.São células com capacidade de autorrenovação e de diferenciação em diversas categorias funcionais de células, ou seja, as células-tronco têm capacidade de se dividir e se transformar em outros tipos de células. Elas podem ser programadas para desenvolver funções específicas, uma vez que se encontram em um estágio em que ainda não estão totalmente especializadas.
As pesquisas que envolvem células-tronco se tornou uma das áreas mais promissoras em diversos campos, incluindo a medicina já que sua utilização pode levar, por exemplo, ao desenvolvimento de terapias regenerativas e de órgãos para transplantes.As células-tronco mais usadas em pesquisas são as de pluripotência induzida, ou iPS, também obtidas a partir da reprogramação de células adultas. No entanto, nesse caso, a reprogramação envolve o emprego de um vírus para inserir fragmentos de DNA na célula adulta, que a induzem a voltar ao estágio não-diferenciado de célula-tronco.
Diferente de outras células do corpo, como as células musculares, do sangue ou do cérebro, que normalmente não se reproduzem, células-tronco podem se replicar várias vezes. Isso significa que a partir de uma cultura de células-tronco é possível produzir milhares. Contudo, os pesquisadores ainda não têm conhecimento vasto do que induz a proliferação e autorrenovação dessas estruturas.
Outro enigma que desafia os cientistas é a questão da diferenciação: como células indiferenciadas simplesmente passam a ter funções especializadas, como os gametas e células sexuais? Sabe-se que, além dos sinais internos controlados por genes, o processo é ativado também por sinais externos, incluindo a secreção de substâncias químicas por outras células, o contato físico com células vizinhas e a influência de algumas moléculas.
Embora muitos laboratórios de pesquisa consigam induzir a diferenciação pela manipulação de fatores de crescimento, soro e genes, os mecanismos detalhados que regem o processo não são claros. Entretanto, encontrar a resposta para o problema pode ampliar o potencial terapêutico das células-tronco, já que células, tecidos e órgãos poderiam ser produzidos em laboratório ou recuperados no próprio corpo. Além disso, forneceria uma compreensão bem maior sobre doenças como o câncer, desencadeadas pela divisão anormal das células.
As células embrionárias, são assim chamadas por possuir a capacidade de se transformar em qualquer tipo de célula adulta. Elas são encontradas no embrião, apenas quando este se encontra no estágio de blastocisto (4 a 5 dias após a fecundação). Já na fase adulta as células tronco são encontradas principalmente na medula óssea e no sangue do cordão umbilical, mas cada órgão do nosso corpo possui um pouco de células-tronco para poder renovar as células ao longo da nossa vida, como mostra a figura. Elas podem se dividir para gerar uma célula nova ou outra diferenciada. As células-tronco adultas são chamadas de multipotentes por serem menos versáteis que as embrionárias.
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